No horizonte distante, Ycaro ouve o chamado, Um sussurro nos ventos, um convite alado. O céu se abre em cores que o tempo pintou, E as asas que dormiam, o destino acordou.Com o peito pulsando, ele sente o soar, Do vento que canta, "É hora de voar". As nuvens dançam, cúmplices do sonho, E o mundo lá embaixo se torna medonho.Mas Ycaro sabe, o medo é só véu, Para aqueles que temem tocar o céu. Ele ergue as asas, de penas e coragem, E no ar se lança, em plena viagem.O sol o abraça, dourado e quente, E as estrelas sussurram segredos de antigamente. Não há chão que o prenda, nem fim para a vista, Voar é ser livre, voar é ser artista.No coração de Ycaro, a liberdade ecoa, E cada batida de asa é um verso que entoa. O chamado de voar é um cântico antigo, De quem busca o céu, e faz do vento um abrigo.