EM CONSTRUÇÃO
Pedimos desculpas pela página em construção. Estamos trabalhando para tornar sua experiência de leitura ainda melhor!
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"Os Segredos da Lua" é um conto envolvente de mistério e ocultismo, onde o frio da neve e a escuridão da caverna são apenas a superfície dos enigmas que Kieran e Aurora devem enfrentar. A cada passo, eles se aproximam mais da verdade, enquanto lutam para manter a sanidade e a esperança em meio ao desconhecido.
O mundo já não é mais o mesmo, pelo menos nas sombras. A neve, em um compasso incessante, se deposita no para-brisa do carro que Kieran conduz, enquanto a exaustão ameaça derrubar suas pálpebras, lançando-o quase ao sono profundo. Todavia, sua tenacidade em permanecer alerta encontra uma âncora em Aurora. Ela persiste incansavelmente em tecer elaboradas teorias acerca dos possíveis desdobramentos ocorridos nas profundezas da caverna. A estrada que se desenrola diante deles parece se esticar em uma sinuosidade interminável, e a ausência de qualquer veículo que retorne na direção contrária acentua ainda mais a solidão que os envolve por completo. Um silêncio paira, sendo rompido somente pelas palavras de Aurora:
— Olha, e se, porventura, eles encontraram a suposta pedra?
— Então o que teria acontecido com eles se for o caso?
— Provavelmente derretidos. Seria uma pena.
— Seria, mas não sei a resposta. Ainda tem o sinal de socorro; poderiam ter caído em alguma armadilha.
— Ou terem sido atacados, roubados ou mortos.
— Ou, no melhor dos casos, um acidente.
Cada questionamento perfura o manto silencioso que envolve a estrada. O ambiente ao redor parece absorver suas ponderações, transformando-as em ecos que se dissipam rapidamente. A paisagem, por sua vez, permanece imutável. A neve continua a cair, uma tapeçaria de branco que cobre os arredores com sua delicadeza gélida. As árvores nas margens da estrada, vestidas com mantos de neve, parecem guardiãs silenciosas desse mistério em desenvolvimento. Em meio à conversa, Kieran subitamente diz:
— Olha, foi mal aquele dia. Não quis ofender você. Sei que é do nada, mas estava com isso na garganta.
— Tá de boa, sério. Eu entendi seu ponto. Teria realmente sido melhor vir sozinho, mas vou ajudar, pelo menos tentarei.
— Beleza, só para deixar claro mesmo.
O silêncio, uma testemunha constante das palavras trocadas, permanece inalterado. Enquanto as árvores à beira da estrada permanecem imóveis, o carro continua avançando, deixando pegadas temporárias na neve fofa que cobre o asfalto. Kieran diz:
— Sabe… Estou cansado.
— Se quiser posso dirigir.
— Seria perfeito, mas sabe… Não é isso. É a corporação, minha vida virou uma batalha constante. Não durmo direito, tem alguns dias pensando sobre isso.
— Deve ser difícil mesmo. Você tá nessa há quanto tempo?
— Deve ter, sei lá, uns 15 anos já.
— Nossa! Caramba, é muito tempo.
— É... Posso parar o carro aqui?
— Claro, deixa que eu dirijo.
— Certo.
O carro desacelera cuidadosamente, parando em um local seguro. O ronco do motor se silencia, e o único som que preenche o ambiente é o suave crepitar da neve sob os pneus. Kieran solta um suspiro de alívio ao cessar finalmente a tarefa de condução. Ele e Aurora compartilham um breve olhar, uma troca de entendimento que transcende palavras. Aurora desabotoa seu cinto de segurança e sai do banco do passageiro, dirigindo-se ao banco do motorista. Kieran, enquanto a observa trocar de lugar, sente um misto de gratidão e vulnerabilidade. A estrada diante deles continua estendida, um convite para novos caminhos e desafios. Enquanto Aurora assume o controle do carro, Kieran relaxa, deixando-se afundar no assento. O mundo lá fora permanece imerso na calma da neve em queda. As árvores ao longo da estrada erguem-se como sentinelas, testemunhas silenciosas da jornada que se desenrola. A conversa anterior ainda ecoa em suas mentes, as incertezas e reflexões misturando-se ao cenário ao redor. E assim, com Aurora no volante e Kieran agora no banco do passageiro, eles continuam a avançar em direção ao desconhecido que os espera. À medida que a estrada se desenrola diante deles, os rastros deixados pelo carro se transformam em um tapete branco que serpenteia pelo solo. Então, Aurora, que está segurando o mapa, diz:
— Olha! Já é a próxima saída à direita. Pode virar assim que virmos.
— Certo, só mal vejo a estrada.
— Aqui!
Com cuidado, Kieran gira o volante, guiando o carro na direção indicada por Aurora. Os pneus afundam na neve fresca da estrada menos percorrida, criando trilhas únicas na paisagem branca. E após mais alguns minutos, finalmente no horizonte, surge uma entrada majestosa para uma caverna, sua boca escura e imponente convidando à exploração. À medida que se aproximam, a visão da caverna se torna mais detalhada, revelando as complexas formações rochosas que adornam a entrada. Kieran estaciona o carro a uma distância segura da entrada da caverna. O motor se silencia, e um profundo silêncio se estabelece ao redor. Kieran e Aurora compartilham um olhar cheio de antecipação e nervosismo, suas expressões ecoando o mistério que se revela diante deles.
O local é como um refúgio esquecido pelo tempo, onde o som da neve caindo é o único som presente. A caverna, com sua abertura escura, parece uma entrada para outro mundo, um portal para o desconhecido. Aurora sai do carro com uma determinação crescente, seus passos afundando na neve emitem um som abafado e aveludado enquanto ela se aproxima da entrada da caverna. Kieran a segue de perto, sentindo um misto de emoções que varia entre o fascínio e a apreensão.
Pois então, chegada a hora, ambos preparados com suas mochilas e experiência, Kieran não tem essa confiança em Aurora, acha que ela é inexperiente demais para uma missão desse nível, mas são ordens de cima. Ele então dá os primeiros passos dentro da caverna. Seguindo-o, vem Aurora, com um ar de fascínio e um certo medo. Não sabem o que esperar; apesar de por fora parecer uma entrada qualquer, é evidente, quando estão pelo lado de dentro, que não é um local comum. Um ar de calafrio percorre suas espinhas. O som que outrora abafava quase seus ouvidos agora dá lugar a um silêncio tenebroso, o completo oposto. É quase como se estivesse revestido com algum material para barrar o som que vem de dentro e de fora, quebrado apenas pelas falas de Kieran e Aurora:
— Vamos continuar entrando, já peguei minha arma. Não vai pegar a sua? — questiona Kieran. — É melhor estar preparada para qualquer coisa que vier.
— Eu já ia pegar minha arma. Também está sentindo essa energia? Muito negativa, não gosto nada disso.
— É... Também estou sentindo. Parece que vem do fundo, do mais escondido buraco desse lugar. Então vamos, ainda temos que encontrar aqueles dois. Eu não queria perguntar, mas quais os nomes deles mesmo?
— Eu sabia que você não iria lembrar. Agentes Gabriel e Anna, se não me engano, 26 e 24 anos.
— Quase igual a nós. Vamos andando, ainda temos esperança de estarem vivos. Ainda tem o sinal de socorro?
— Ainda está ativo.
— Só não pode ser armadilha, assim espero.
Kieran escorrega.
— Kieran! Tudo bem?
— Sim! — grita do pequeno buraco — Eu estou bem!
Aurora se aproxima e vê que Kieran está num pequeno buraco, o suficiente para não ficar preso. Ela estende seu braço e Kieran, junto a um impulso, agarra o braço de Aurora, conseguindo assim sair desse local.
— O que aconteceu?
— Maldita neve. Parece que tem algum pedaço de gelo também. Talvez as gotas de um rio ou acúmulo de chuva fizeram isso por anos. Vamos prosseguir andando.
TEXTO INCOMPLETO
Então continuam explorando a caverna, naquele misto de tensão e fascínio. Apesar de já terem visto locais com essa energia, ainda assim, é bem estranho até mesmo para os mais experientes.
A caverna parecia se estreitar à medida que avançavam, as paredes de rocha cobertas por uma fina camada de gelo que refletia a luz de suas lanternas, criando padrões fantasmagóricos nas sombras. O ar frio e úmido fazia cada respiração se transformar em pequenas nuvens de vapor.
Kieran e Aurora seguiam em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos, até que um ruído distante os fez parar. Aurora levantou a mão, sinalizando para que Kieran parasse.
— Você ouviu isso? — sussurrou ela, seus olhos arregalados pelo reflexo da lanterna.
— Sim, parece vir do fundo — respondeu Kieran, ajustando a lanterna para iluminar melhor o caminho à frente.
Com cuidado redobrado, eles continuaram avançando. O som, um eco distante de algo que poderia ser água gotejando, ou talvez algo mais sinistro, tornava-se cada vez mais audível. A tensão no ar era palpável, e a sensação de estarem sendo observados começou a crescer.
Finalmente, chegaram a uma abertura maior, uma espécie de câmara natural. As paredes, aqui, eram adornadas com antigas inscrições e símbolos que Kieran reconheceu vagamente de seus estudos sobre ocultismo. Aurora se aproximou de uma das paredes, passando a mão sobre as marcas.
— Isso é incrível. Essas inscrições... elas são muito antigas. Mas por que estariam aqui? — Aurora se perguntava em voz alta, fascinada.
Kieran, por outro lado, estava focado em algo mais prático. No canto da câmara, ele viu o que parecia ser uma mochila. Aproximando-se rapidamente, confirmou suas suspeitas.
— Aurora, acho que encontramos algo dos agentes. Veja, esta mochila pertence a Gabriel.
Aurora se juntou a ele, observando a mochila com atenção. Dentro, encontraram um mapa detalhado da caverna, algumas provisões e uma lanterna extra.
— Eles não podem estar longe — disse Aurora, tentando manter o otimismo. — Precisamos continuar.
Enquanto guardavam a mochila, um som mais forte, quase um gemido, ecoou pela caverna. Os dois se entreolharam, a adrenalina subindo.
— Isso não é um bom sinal — murmurou Kieran. — Vamos com cuidado. Não sabemos o que podemos encontrar.
Prosseguiram, seguindo o mapa que Gabriel deixara. O caminho se tornava cada vez mais labiríntico, com passagens estreitas e escorregadias. A sensação de perigo iminente crescia a cada passo.
De repente, chegaram a uma área onde o teto da caverna se abria, revelando uma pequena claraboia natural que deixava a luz da lua entrar. A iluminação prateada dava ao local uma aura mística e inquietante.
No centro dessa sala, deitada no chão, estava uma figura imóvel. Kieran correu até ela, e ao se aproximar, reconheceu o rosto de Anna. Ela estava consciente, mas visivelmente exausta e ferida.
— Anna! O que aconteceu? Onde está Gabriel? — Kieran perguntou, ajudando-a a sentar-se.
Anna olhou para ele com olhos cheios de medo e desespero.
— Ele... ele foi levado. Precisamos sair daqui. Há algo nesta caverna... algo que não é humano — disse ela com a voz fraca, mas urgente.
Aurora ajudou Kieran a levantar Anna, apoiando-a enquanto tentavam decidir o que fazer a seguir.
— Precisamos encontrar Gabriel e sair daqui o mais rápido possível — disse Aurora, olhando ao redor, alerta para qualquer sinal de perigo.
— Concordo. Vamos seguir as marcas no mapa. Espero que ele nos leve até Gabriel antes que seja tarde demais — respondeu Kieran, com determinação.
Com Anna entre eles, seguiram adiante, cada vez mais cientes de que o que quer que estivesse na caverna com eles era algo muito além do que esperavam. A sensação de serem observados se intensificava, e a cada passo, o mistério e o perigo se aprofundavam.
Kieran
Aurora
Primeira aparência
Primeira aparência